Por quanto tempo a cultura do "apagar
incêndio" se manifestará no nosso país? A maldita cultura do improviso, do
deixa-que-eu-deixo, e do jeitinho...
Temos lembrado de alguns casos recentes, de tragédias
e caos previstos e anunciados com muuuuuita antecedência, e logo nos vem à
memória o incêndio, no início do ano, da nossa base na Antártida. Por falta de ação
do governo brasileiro, em investir na modernização da Estação Comandante
Ferraz, o mundo inteiro assistiu a destruição da base brasileira pelo fogo. A
falta de planejamento e de prevenção resultou em prejuízos incalculáveis, grande parte do acervo de pesquisas foi transformado em cinzas em poucas horas, mas o pior mesmo foi perder vidas
humanas.
Toda a tragédia previamente anunciada parece ter pego
a todos de surpresa. Logo após o
incêndio, o governo viabilizou 20 milhões de reais para a modernização e
reconstrução da base. A velha cultura brasileira, bem ilustrada neste
episódio e ao pé da letra, a cultura do "apagar incêndio", mas a que
preço? Até quando o Brasil será espectador de tragédias, para depois tomar
atitudes? A palavra prevenção, tão disseminada no primeiro mundo, parece não
fazer eco na nossa próspera nação do século XXI.
Seria infinitamente menos custoso se tivesse havido prevenção e planejamento, talvez se tivessem ouvido os militares que já
anunciavam problemas 6 anos antes, a tragédia teria sido evitada. Quem afinal pagará a conta? Como sempre, provavelmente o povo
brasileiro.
Em paralelo, se prestarem atenção nas decisões do TCU,
que fizemos questão de publicar aqui, o início do movimento Operação Despertar
e mais recentemente a criação da AFLEX foram previamente anunciados. Será que
os governantes pensam que o povo será sempre massa, acéfala, de manobra? Sabemos
que basta uma fagulha para que um barril de pólvora voe pelos ares, na realidade as
vezes basta um. É uma inconsequência pensar que a injustiça que envolve
centenas de brasileiros, servidores do governo brasileiro, ficaria encoberta
para sempre.
O gigante Brasilis, que tanto amamos, é o
anfitrião da década, conseguiu levar a Copa do Mundo e as Olimpíadas para casa, mas ainda
tem que aprender a se comportar como adulto, pois conforme o dito popular
"criança que brinca com fogo acaba fazendo xixi na cama."
Reivindicamos o que deveria ser o
marco limitador de qualquer relação patrão/empregado, uma LEI ! Mas não uma Lei Frankenstein que dá margens a remendos, onde enxerta-se lei brasileira, lei local, convenções e leis internacionais, em prejuízo ao trabalhador.
Diretoria da AFLEX
Sou funcionária local há mais de 16 anos e onde trabalho já passaram vários chefes, uns bons, outros péssimos, e outros indiferentes a tudo. Cada Embaixador interpreta os deveres dos funcionários de maneira própria e sobre os direitos, muitos nem querem saber que existem direitos, infelizmente.
ResponderExcluirPrecisamos sim de um "marco limitador" conforme vocês falaram no artigo acima e torço para que o Itamaraty não puxe para trás.
Obrigada pela dedicação de todos vocês.
Gente, a época da escravidão já acabou !!!!!
ResponderExcluirO que estão fazendo é um absurdo...