segunda-feira, 27 de junho de 2011

Crise: Audiência pública no Senado será 4 de julho

"Enviado por Eduardo de Oliveira - 29.06.2011| 11h53m.
Crise Consular: Audiência pública no Senado será 4 de julho


A tática do silêncio adotada por cônsules e embaixadores nos EUA pode estar com os dias contados. Isso porque foi marcada para a segunda-feira, 4 de julho, a primeira audiência pública para tratar da crise consular.

Segundo informações do sindicato SINDITAMARATY, a audiência será a oportunidade que os manifestantes da ‘Operação Despertar’ terão para mostrar a situação desoladora que os funcionários passam todos os dias.

‘A falta de uma política de recursos humanos afeta tanto os servidores do MRE, quanto os contratados locais dos postos no exterior. O exemplo mais flagrante dessa lacuna na organização dos recursos humanos que afeta todos nós: a ausência de definição das atribuições e das responsabilidades,’ disse um representante da SINDITAMARATY.

Essa semana o blogueiro soube por uma fonte ligada ao governo federal, que o cônsul do Brasil em Boston, Fernando de Mello Barreto, disse que não há nenhum movimento grevista em Boston.

Enquanto Barreto ignora a insatisfação de mais de 500 funcionários consulares ao redor do mundo, tem gente em Brasília que está de olho na situação.

O blogueiro teve acesso a um comunicado emitido pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que disse que iria encomendar um estudo para a sua assessoria, antes de emitir uma opinião.

‘Todavia, considero importante os funcionários do Ministério das Relações Exteriores externarem suas preocupações e trabalharei para que o governo responda às indagações o quanto antes,’ disse Suplicy.

Enquanto isso, Tom Falcão, funcionário que serviu a Embaixada do Brasil em Londres por 27 anos e foi impedido de se aposentar, espera uma resposta. Há três semanas Falcão foi informado pelo secretário Luiz Felipe Carvalho, da Administração da Embaixada, que o valor ‘passivo’ da sua aposentadoria havia sido pago pelo Itamaraty. Só que a notificação foi apenas verbal, e nenhum documento escrito confirma essa informação.

Os membros da ‘Operação Despertar’ continuam firmes na causa: eles exigem uma política trabalhista clara (definição sobre que lei rege os seus serviços), aumento salarial e política de aposentadoria.

‘O medo é real, muitos de nós são pais ou mães de família que têm receio de ficar desempregados,’ disse um manifestante que falou sob condição de anonimato.

‘Os diplomatas fazem um certo terrorismo. Ignoram o movimento para acharmos que apesar de todos os nossos esforços não vão dar em nada. Até hoje não recebemos nenhuma posição do MRE,’ disse.

Mas o manifestante também alega que ‘houve um resgate gigantesco da auto confiança de todos nos funcionários. A operação conseguiu trazer esperanças para aqueles que já estavam conformados com a regra – de não ter regra!’

Diante de tanta incerteza, é bom que fique claro (disse o manifestante) que se não houver uma solução na reunião de 4 de julho no Senado, os manifestantes vão entrar em greve.

Quando o blogueiro perguntou: de uma escala de 1 a 10, qual é a chance de haver greve, a resposta foi ‘9’.


Fonte: Brasil com Z / O Globo

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