segunda-feira, 27 de junho de 2011

Advogada representa movimento no Senado

"Enviado por Eduardo de Oliveira - 01.07.2011| 10h49m.
Crise consular: Advogada representa movimento no Senado


Está confirmada para às 9 da segunda-feira, 4 de julho, a audiência pública no Senado para debater a crise consular. A reunião que acontecerá Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa e será transmitida ao vivo pela TV Senado.

O movimento ‘Operação Despertar,’ que reivindica uma política trabalhista mais clara, nomeou a Lilian Beatriz Fidelis Maya para representá-lo durante a audiência.

‘Como nenhum de nós está no Brasil e o medo de retaliações e perseguições  e' grande, decidimos enviar uma advogada trabalhista,’ disse ao blogueiro um representante do movimento, que não quis se identificar.

Pela primeira vez essa semana pessoas ligadas aos consulados do Brasil em Chicago e Nova York resolveram falar com a imprensa. Em reportagem no jornal ‘Comunidade News,’ uma funcionária disse que o clima é tenso em Chicago.

‘A gente não entendeu por que houve esta pressão tamanha. Do jeito que está não está certo. Não é de hoje que todo o mundo cobra. Alguns da chefia se fazem de desentendidos, outros são bem compreensivos’, afirmou ela ao jornal de Connecticut.

A mesma funcionária ‘disse que um subchefe está tentando remediar a situação, mas os funcionários não querem conversar com ele, temendo criar algum problema.’

De todos os 13 consulados nos EUA a situação no consulado de Chicago é a mais grave – não foi permitido a nenhum dos funcionários dessa repartição a assinar a carta enviada à presidenta Dilma Rousseff no início de maio. No entanto, a carta recebeu 204 assinaturas.

O Conselheiro Paulo Uchoa, Chefe do Setor de Imprensa do Consulado-Geral do Brasil em Nova York, também falou com o jornal ‘Comunidade News.’ Ele explicou que a questão da ‘Operação Despertar’ está sendo tratada diretamente por Brasília.

‘O assunto foi encaminhado às áreas técnicas em Brasília que tratam da questão dos contratados locais no exterior,’ disse Uchoa ao jornal.

Segundo representantes do movimento, a Operação Despertar já recebeu a adesão de mais de 500 funcionários de embaixadas e consulados.

Apesar das aparências mostrarem que o movimento é mais forte nos EUA, funcionários de vários países da Europa estão trabalhando firme nos bastidores para corrigirem injustiças que os oprimem há décadas. Além disso, a Comissão Naval e os funcionários da Comissão da Aeronáutica também participam do movimento, o que prova que o chamado limbo jurídico, a incerteza sobre as leis trabalhistas que regem o trabalho dos funcionários contratados no exterior, atinge vários setores do funcionalismo público, que hoje está irregular.

O movimento ameaça fazer uma paralisação de 24 horas caso a reunião de segunda-feira não produza os resultados esperados.

O blogueiro admite que não queria estar na pele dos funcionários, que servem ao seu país com medo de exigir os mesmos direitos dados a seus superiores. É interessante perceber que os diplomatas e políticos ainda não decidiram como batizam a situação. É crise consular, silenciosa, mas é crise. Porque definir com nomenclatura menor, seria diminuir a importância daqueles que representam o Brasil para conterrâneos e para milhares de estrangeiros que visitam o nosso país a cada ano.

O movimento já completou dois meses, o que hoje é crise pode virar greve – o que seria uma vergonha – ou pode entrar para a história a mobilização que foi necessária para fazer os diplomatas entenderem que quem trabalha insatisfeito não pode exercer a diplomacia que o Brasil merece".


Fonte: Brasil com Z / O Globo



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